quarta-feira, 28 de julho de 2010

REN

REN: Galp e Moçambique são os negócios mais urgentes
Empresa tem no horizonte aquisição de 7,5% do capital da Hidroeléctrica de Cahora Bassa. Em Portugal, acordo com Galp para gás natural reflectirá investimento de 70 milhões de euros

REN «está pronta para ser privatizada»Lucro da REN cai 25,6% no primeiro semestreJulho já é mês de recordes em consumo de energiaGalp e REN assinam Memorando de Entendimento na área do gás naturalElectricidade de Moçambique e REN criam Nem a queda dos lucros da REN na primeira metade do ano faz balançar as expectativas de internacionalização na empresa. A parceria com a Electricidade de Moçambique (EDM) está no bom caminho. No que toca a investimentos em Portugal, o acordo com a Galp para a área do gás natural irá dinamizar o negócio da gestora das redes energéticas nacionais.

Em Moçambique, a REN vai «projectar a engenharia portuguesa» e «valorizar as infra-estruturas que a EDM já tem». A empresa liderada por Rui Cartaxo «foi convidada para realizar uma análise em Cahora Bassa», explicou o director financeiro da empresa, João Nuno Palma.

Reservas de gás: REN e Galp preparam concurso internacional

A proposta da accionista Parpública para adquirir uma participação de 7,5% no capital da Hidroeléctrica daquela região é o assunto que está em cima da mesa. O que interessa agora é «adquirir ou não a participação de Cahora Bassa. Será sempre para adquirir com uma estratégia de internacionalização e de transferência tecnológica para Moçambique». «Vendemos competência técnica. Todas as grandes empresas de engenharia do mundo estão» naquele país de África.

Gás natural: investimento de 70 milhões

A REN não descura os investimentos em solo português. A empresa assinou com a Galp, na semana passada, um memorando de entendimento na área do gás natural. Em causa está a construção de até quatro cavernas de armazenamento subterrâneo de gás natural na zona de Pombal, mais propriamente na área concessionada do Carriço.

REN «está pronta para ser privatizada»

À REN caberá a exploração de duas dessas cavernas, num investimento de cerca de 70 milhões de euros, revelou o mesmo responsável.

João Nuno Palma quis ainda destacar que «a segurança do abastecimento do gás natural em Portugal tem uma grande percentagem de energia renovável: 40% hídrica e 30% eólica».

terça-feira, 27 de julho de 2010

Vidreira de Moçambique

Governo vende vidreira a a empresa local

O Governo moçambicano vendeu hoje a Vidreira de Moçambique, a mais antiga fábrica de vidros do país, por cerca de dois milhões de euros à moçambicana SONIL, que prevê reiniciar a actividade daquela empresa dentro de meio ano.

A Vidreira de Moçambique foi, durante o tempo colonial e depois da independência, em 1975, uma referência na produção de vidro para embalagens e loiça para cozinha, quer no país, quer em toda a região da África Austral.

Desde 1998, quando a companhia portuguesa Barbosa & Almeida abandonou a empresa, a sua gestão ficou entregue ao Governo que hoje, através do Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), assinou o contrato de compra e venda com a SONIL.

Apesar de há cerca de duas semanas, o presidente do IGEPE, Hipólito Hamela, ter anunciado a adjudicação, por cerca de quatro milhões de euros, a Vidreira de Moçambique passou para as mãos da SONIL, empresa dedicada à atividade comercial,
em diversas vertentes, por 2. 386 milhões de euros.

Para Hipólito Hamela, "é o culminar de várias negociações, mas também o início de uma actividade que prevê como o princípio da reactivação da empresa", sendo que o mais importante é "arrancar com a indústria e criar emprego para os moçambicanos".

"O ganho do Estado não está em vender património, porque senão teríamos conseguido uma proposta melhor do que esta", acrescentou o administrador do IGEPE, Santos Jegue.

Santos Jegue explicou que, de entre todas as propostas, a mais viável foi a da SONIL, por estar interessada em restaurar a produção de vidro no país.

Ainda segundo o administrador da IGEPE, a moçambicana SONIL vai investir, numa primeira fase de arranque, "acima de dois milhões de dólares" (1. 539 milhão de euros) e numa segunda fase, já de expansão e aumento da produção, "mais de sete milhões de dólares", o equivalente a 5. 589 milhões de euros.

O acordo prevê que a SONIL assegure o início da actividade da fábrica no prazo de um ano e execute o investimento previsto no plano de reestruturação da vidreira em três anos, contados a partir de hoje. A empresa deverá empregar, pelo menos, 200 pessoas.

De acordo com o presidente da SONIL, Mohamed Abdul Satar, a vidreira estará a funcionar dentro do prazo previsto, mas "em seis meses vai estar a trabalhar só com uma linha de produção de garrafas".

Embora esteja agora a começar a trabalhar na indústria das embalagens, a SONIL pretende entrar no mercado regional, que até agora tem recorrido à importação devido à falta de produção.

Para esse projecto, a empresa contará com o apoio de parceiros como a Coca Cola, a Pepsi e a empresa Cervejas de Moçambique, adiantou Mohamed Abdul Satar. "Todos estão muito interessados em ver a fábrica a arrancar", na medida em que "vai liquidar os problemas de escassez do mercado".

O presidente da SONIL não quis, porém, adiantar o lucro previsto com o reinício da actividade da vidreira, e também não quis falar de novas áreas de investimento.

Até hoje, a Vidreira de Moçambique fazia parte dos 27 por cento de empresas inactivas participadas pelo Estado moçambicano, num total de 131.


segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Município de Maputo vai introduzir parquímetros

O Município de Maputo vai introduzir, a partir de Novembro, o sistema de parquímetros na via pública para facilitar a gestão do estacionamento de viaturas nas zonas de maior congestionamento de trânsito, na cidade.

O projecto será implementado por um consórcio das empresas ACSG e FORENCO AUTOMETRIC, nacional e da África do Sul, respectivamente, que ganharam o concurso público lançado pela edilidade para o efeito.

O sistema vai consistir na colocação de máquinas que vão controlar o tempo e o valor a ser pago pela permanência de viaturas que serão estacionadas nos locais onde estes mecanismos estarão fixados.

Este sistema será instalado em duas etapas, a primeira designada Zona A, que prevê a instalação de três mil parquímetros a partir da Avenida 24 de Julho até à baixa da cidade, na Avenida 25 de Setembro. A segunda, chamada Zona B, engloba todos os bairros que se localizam do lado oposto da Avenida 24 de Julho e que não terão sido abrangidos na primeira fase.

“O consórcio seleccionado vai se encarregar de implementar a primeira etapa do projecto e para a segunda fase vamos lançar outro concurso público no primeiro trimestre do próximo ano”, disse João Matlombe, vereador para área de Transportes e Trânsito no Município de Maputo.

A adjudicação das obras foi feita recentemente e neste momento está em curso a organização de aspectos técnicos que vão anteceder a colocação dos parquímetros, segundo ainda a fonte.

“Neste momento, a empresa vai iniciar o processo de contratação e formação de pessoal, acto que vai decorrer, enquanto se importa os equipamentos a ser usados”, afirmou Matlombe, acrescentando que o projecto está avaliado em cerca de 750 mil dólares norte-americanos.

Espera-se que a instalação de parquímetros contribua para uma melhor organização e gestão do estacionamento na via pública, disciplinar os automobilistas em relação a esta questão e ainda reduzir os problemas de congestionamento nas zonas críticas.

“É através dessas máquinas que os automobilistas saberão que valor a pagar pelo período em que os seus carros estiverem estacionados na rua”, explicou a fonte, garantindo que para o funcionamento normal do sistema os pavimentos estarão sinalizados e será igualmente instalada a sinalização vertical para indicar o tempo máximo de permanência, findo o qual o automobilista pagará pelo estacionamento.

“O tempo máximo previsto para a permanência de um carro em determinado espaço será de duas horas e meia. Depois disso, a pessoa será obrigada a pagar pelo estacionamento ou então retirar a sua viatura”, disse Matlombe, acrescentando que para o caso de automobilistas que trabalham na zona em referência será aberta a possibilidade de estes adquirirem cartões que lhes permitam estacionar por um tempo indeterminado, apenas na área referenciada neste documento.

Fosfatos na província de Nampula

A empresa mineira brasileira Vale está interessada em explorar depósitos de fosfatos na província de Nampula, afirmou o director nacional de Minas de Moçambique, Eduardo Alexandre, em declarações ao jornal Diário de Moçambique.

Eduardo Lourenço disse ainda ao jornal que se publica na cidade da Beira, província de Sofala, que a Vale já iniciou alguns estudos para avaliar a dimensão dos depósitos tendo "os seus responsáveis ficado satisfeitos com os resultados".

Aquele responsável adiantou ao Diário de Moçambique que a Vale deverá iniciar um estudo de viabilidade económica em 2011 embora a exploração dos depósitos não deva começar antes de 2014.

Alexandre não apresentou qualquer valor para o previsível investimento da Vale nos fosfatos de Nampula mas disse que poderão ser mesmo mais elevados do que os que a Vale irá efectuar na sua concessão carbonífera de Moatize, na província de Tete.

Os fosfatos têm muitas aplicações industriais e agrícolas, nomeadamente na produção de adubos, mas a sua exploração envolve grandes custos para impedir que metais pesados, como o cádmio ou o chumbo, atinjam aquíferos à superfície ou subterrâneos.

Projecto de Changara

A australiana Baobab Resources estabeleceu uma parceria com a também australiana Southern Iron para dar um impulso ao projecto de exploração de metais de base e de manganésio de Changara, Moçambique, informou a empresa em comunicado segunda-feira divulgado em Fremantle.

Na sequência de um envolvimento por fases, sendo que no final da segunda a Southern Iron terá uma participação de 50 por cento na parceria, que poderá chegar a 65 por cento se a Southern Iron financiar um pré-estudo de viabilidade económica e de 80 por cento se financiar o estudo definitivo de viabilidade económica.

A Southern Iron irá funcionar como operador do projecto de Changara e a Baobab Resources efectuará a fase inicial de exploração, socorrendo-se da "experiência e apoio logístico de que dispõe em Moçambique".

As actividades deverão começar em Setembro próximo em Changara, projecto que engloba quatro licenças de exploração cobrindo uma área de 525 quilómetros quadrados, junto à fronteira com o Zimbabué.

O comunicado da Baobab Resources revela que uma análise geoquímica de uma área de 380 quilómetros quadrados realiza no último trimestre de 2008 identificou a presença de chumbo, zinco, manganésio e cobre.

Actualmente, os recursos da Baobab Resources estão centrados num projecto de ferro/vanádio/titânio em Tete, cobrindo uma área de 632 quilómetros quadrados, adjacentes aos projectos carboníferos da australiana Riversdale Mining e brasileira Vale.

Este projecto, denominado Chimbala, deverá ter um estudo de pré-viabilidade económica concluído em meados de 2011 e definitivo no princípio de 2013.

BES ultima entrada em Moçambique

BES ultima entrada em Moçambique e na África do Sul
Operações deverão estar concretizadas até ao final do ano, diz Ricardo Salgado, presidente do banco

O Banco Espírito Santo (BES) está na fase final de negociações para a aquisição de uma participação num banco moçambicano, o que poderá acontecer até ao final do ano, anunciou esta segunda-feira o seu presidente, Ricardo Salgado.

«Depois de Cabo Verde, cujo banco universal foi inaugurado no início de Julho, seguem-se Moçambique e África do Sul, sendo provável que Moçambique seja primeiro», salientou o presidente do BES, no decorrer da apresentação dos resultados semestrais.

O objectivo do BES em Moçambique é adquirir uma posição num banco local já estabelecido, enquanto na África do Sul, o banco liderado por Ricardo Salgado «está a estudar o modelo e a abordagem estratégica para entrar na banca de empresas e na banca de Investimento».

Até ao final do ano deverão haver avanços, segundo Ricardo Salgado.

As acções do BES seguem a valorizar 0,69 por cento para 3,49 euros.

sábado, 24 de julho de 2010

Projecto da refinaria da Oilmoz


Projecto da refinaria da Oilmoz muda de Matutuine para Marracuene

TRATA-SE DE UMA INFRA-ESTRUTURA COM CAPACIDADE DE PRODUZIR 20 VEZES NÍVEIS DO ACTUAL CONSUMO DIÁRIO

A Oilmoz, promotora do projecto de uma refinaria em Maputo, avaliado em oito mil milhões de dólares, anunciou que mudou a localização prevista para a infra-estrutura, devido à proximidade de uma reserva de elefantes.
“Fomos aconselhados, devido ao facto de o local (do projecto) estar perto da reserva de elefantes de Maputo e à biodiversidade da área, que não era possível continuar a implantar a refinaria naquela área”, afirmou Leonardo Simão, fundador da sociedade, citado pela agência de notícias Bloomberg.
A nova localização é Marracuene, 50 quilómetros a norte da capital moçambicana. O projecto estava previsto para Matutuine, a sul da cidade, adiantou Simão, antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros
e Cooperação.
“Decidimos encontrar outra área que não seja sensível para o ambiente”, afirmou o responsável da Oilmoz.
Os promotores têm procurado investidores internacionais para o projecto da refinaria.
A concretizar-se, Moçambique voltará a ter uma refinaria 24 anos depois do encerramento da única de que o país dispunha após a independência, em 1975.
Um dos argumentos usados a favor da viabilidade do projecto, que tem uma capacidade de produção prevista de 350 mil barris por dia, mais de 20 vezes o consumo diário moçambicano, é a possibilidade de exportação para os países vizinhos – sobretudo África do Sul, maior economia da região.
Segundo estimativas divulgadas pela empresa, a África do Sul consome cerca de 500mil barris diários, e é deficitária em 350 mil barris na produção, com os níveis de consumo a subirem actualmente cerca de 12 por cento ao ano.
O empreendimento inclui um terminal offshore, estações de tratamento, estradas, entre outras infra-estruturas sociais e económicas.
As obras deverão ter início entre finais de 2009 e princípios de 2010, esperando-se que a unidade esteja operacional em 2014.
A Shell Global Solutions será responsável pelo aconselhamento técnico, estudo de viabilidade económica e concepção do projecto, e posteriormente fornecer crude e manter-se como parceiro técnico por um período de 30 a 40 anos, segundo afirmou Robert Trout, director da empresa para serviços a terceiros.
O projecto é integralmente de capitais moçambicanos, tendo como accionistas a Petromoc,
Leonardo Simão, que é também director-executivo da Fundação Joaquim Chissano, pertencente ao antigo chefe de estado moçambicano, Joaquim Chissano.
No ano passado, a Ayr- Petro-Nacala, da norte-americana Ayr Logistics, anunciou também a construção de uma refinaria na cidade portuária de Nacala, na província de Nampula, Norte de Moçambique.

Produção de bio-combustíveis em Moçambique.

Na semana passada Friends of the Earth Europe [Amigos da Terra Europa, en] e a ONG Moçambicana Justiça Ambiental denunciaram furiosamente um acordo entre o Brasil, a União Europeia e Moçambique promovendo a produção de bio-combustíveis em Moçambique.

O acordo aumentaria a cooperação técnica para promover a produção de bio-combustíveis em Moçambique. Atualmente as importações de etanol de cana de açucar moçambicana pela União Europeia estão sujeitas a tarifas muito baixas em comparação com o etanol brasileiro, que a União Europeia continuará a tributar.

As empresas brasileiras lucrariam com a ênfase crescente no setor e assistência, e algumas ponderam expandir as suas operações para Moçambique. De acordo com Reporter Brasil no final do ano passado, pelo menos duas grandes empresas brasileiras acordaram expandir a produção da cana do açucar em Moçambique, e procuravam financiamento para conseguir produzir etanol no país.

As autoridades dizem que a produção africana teria de cumprir os padrões ambientais europeus e passar por um estudo de viabilidade.

E no entanto até os primeiros projetos de etanol em Moçambique foram repletos de preocupações sociais e ambientais (veja a recente cobertura de um caso na Global Voices, en).

Exploração de carvão

Moçambique vai concessionar mais projectos de exploração de carvão

A ministra dos Recursos Minerais de Moçambique, Esperança Bias, revelou, em Maputo, que novos projectos de exploração de carvão nas zonas vizinhas à bacia carbonífera de Moatize, em Tete, poderão ser concessionados “em breve”.

De acordo com a ministra, naquele ponto da província de Tete “existem áreas em que os trabalhos de pesquisa estão em estágio bastante avançado, com resultados positivos”.

Entre os projectos que deverão ser concessionados consta o de carvão do Zambeze, promovido pela Riversdale Mining, bem como os das empresas Ncondezi e JPSW, segundo indicou Esperança Bias.

Falando na Conferência Internacional sobre Carvão, a ministra salientou que a médio prazo ter-se-á um melhor conhecimento geológico sobre outras bacias carboníferas existentes no país, esperando-se que possam vir igualmente a ser exploradas.

“Estão presentemente criadas condições para a produção e exportação anual de várias dezenas de milhões de toneladas de carvão a partir da região carbonífera de Moatize. Existem recursos geológicos, disponibilidade financeira por parte de investidores e mercado assegurado para a comercialização dos produtos”, sustentou Bias.

Refira-se que dois importantes projectos estão a ser desenvolvidos em Tete: o da brasileira Vale, com um investimento estimado em 1,3 mil milhões de dólares e o da australiana Riversdale Mining, na ordem de 849 milhões de dólares.

Mabor de Moçambique

Futuro da Mabor de Moçambique será conhecido dentro de dois dias

O futuro da Mabor de Moçambique - Manufactura de Borracha será conhecido dentro de dois dias quando os seus accionistas se reunirem em assembleia-geral, segundo apurou a macauhub em Maputo.

A empresa é detida maioritariamente pelo Estado moçambicano e por particulares.
A agenda do encontro, de acordo com a convocatória, inclui a análise, discussão e votação do relatório e contas do triénio 2006/08 e análise, definição e deliberação de propostas quanto ao futuro da empresa, entre outros assuntos.

A Mabor de Moçambique faz parte de uma série de empresas com participação do Estado que se encontram paralisadas.

Algumas antigas empresas que também se encontram paralisadas são a Riopel, uma empresa do sector têxtil, a Vidreira de Moçambique.

Na altura em que ainda funcionava, a Mabor de Moçambique chegou a abastecer vários países da África Austral, como a Namíbia, Botsuana, Malaui, Zâmbia, África do Sul e outras partes do mundo.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Gasoduto

Petróleos de Moçambique vai construir gasoduto e terminal para navios na Matola

Um gasoduto para transporte de gás com dois quilómetros e um terminal para navios vão começar a ser construídos este ano na Matola, província de Maputo, informou o administrador para a área financeira da Petromoc - Petróleos de Moçambique.

Zacarias Costa disse que o projecto, que irá custar cerca de 10 milhões de dólares, visa aumentar a capacidade de armazenagem daquele tipo de combustível em mais seis mil metros cúbicos.

O administrador da Petromoc adiantou que, devido a dificuldades financeiras resultantes da conjuntura internacional, a companhia decidiu executar o projecto em fases, sendo que a primeira, a ficar concluída este ano, deverá consumir cerca de seis milhões de dólares.

Para além dos depósitos de gás, a Petromoc tem em carteira vários outros projectos visando a expansão quer dos postos de abastecimento de combustíveis, quer de armazenamento em quase todo o país.

A nível da capacidade de armazenagem, Cossa apontou que a Petromoc havia esboçado para 2009 um aumento em cerca de 170 mil metros cúbicos, mas devido a problemas financeiros apenas se concretizou uma expansão de cerca de 40 mil metros cúbicos.

Para este ano, o plano da empresa aponta para um aumento de capacidade em 125 mil metros cúbicos na região sul mas, em face das dificuldades que a companhia enfrenta, existe uma necessidade de reajustamento do plano, que não deverá ultrapassar entre 70 mil a 80 mil metros cúbicos. (macauhub)

Porto de águas profundas em Maputo

Governo de Moçambique vai construir novo porto de águas profundas em Maputo

O governo de Moçambique decidiu iniciar o projecto de construção de um porto de águas profundas na região de Techobanine, no distrito de Matutuíne, província do Maputo, declarou terça-feira em Maputo o ministro dos Transportes e Comunicações.

Orçado em 7 mil milhões de meticais (207 milhões de dólares), o novo porto deverá, de acordo com o ministro Paulo Zucula, descongestionar o de Maputo e ser utilizado nas relações comerciais do Botswana com os seus parceiros.

Falando à margem da cerimónia de tomada de posse de novos administradores da Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (Cfm), Paulo Zucula adiantou que o novo empreendimento terá uma capacidade de manuseamento de carga superior à do porto de Maputo, com a vantagem de que não vai acarretar serviços de dragagem, tal como acontece em portos como de Maputo e Beira, uma vez que possui, naturalmente, águas profundas.

As autoridades de Moçambique têm estado a acompanhar as operações de prospecção de carvão mineral em curso no Botswana, que, segundo indicadores preliminares, é de grande qualidade e pode alimentar volumes de exploração na ordem dos 40 milhões de toneladas por ano.

Tal facto, segundo perspectiva dos operadores ferro-portuários moçambicanos, constitui uma excelente janela que se abre ao negócio, sobretudo para a Cfm, razão por que o arranque do projecto do porto de Techobanine é visto com particular interesse.

Zonas industriais

Governo de Moçambique vai criar rede de parques e zonas industriais

O governo de Moçambique vai dar início este ano a um projecto de criação de parques e zonas industriais a fim de estabelecer as condições para o relançamento da indústria no país, anunciou em Chimoio o ministro da Indústria e Comércio.

Na abertura do VIII Conselho Coordenador do ministério que decorre até hoje, sexta-feira em Cafumpe, distrito de Gondola, em Manica, sob o lema “nova abordagem para o relançamento da indústria”, o ministro António Fernando disse que a criação de parques e zonas industriais pretende igualmente evitar a edificação desordenada de projectos industriais e a coabitação entre estes e as zonas residenciais.

Nas referidas zonas e parques industriais, de acordo com António Fernando, o governo moçambicano vai garantir o fornecimento dos serviços básicos, nomeadamente água, energia e estradas, factores que considerou indispensáveis e impulsionadores de novas iniciativas de empreendedorismo industrial.

Os primeiros passos com vista à execução desta iniciativa, já foram dados, tendo o ministro adiantado que foram já criados dois parques-piloto nas províncias de Sofala e Tete, concretamente nas cidades de Dondo e Tete, decorrendo actualmente o processo de identificação de novas zonas ao nível das diferentes capitais provinciais e distritais, onde tal se justifique.

Para António Fernando, a revitalização da capacidade produtiva industrial é condição “sine qua non” para que o país alcance o almejado desenvolvimento económico e social, o que implica, necessariamente, o estabelecimento de zonas e parques industriais.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

REN quer levar energia para Moçambique


REN quer levar energia para Moçambique

Interesse no país africano poderá passar pela entrada da empresa portuguesa no capital da Hidroeléctrica de Cahora Bassa

A REN (Redes Energéticas Nacionais) está a negociar com várias entidades de Moçambique acordos de prestação de serviços, que contemplam o desenvolvimento de infra-estruturas energéticas e transporte de electricidade naquele país, segundo avançou o presidente da empresa, Rui Cartaxo.

"Ainda não estamos em Moçambique, mas estamos a conversar com várias entidades do país no sentido de uma cooperação com a REN", garantiu, admitindo que depois do Verão haverá "novidades sobre o assunto". Rui Cartaxo falava durante uma visita às obras de ampliação do terminal de gás liquefeito (GNL) da REN, em Sines - estando em curso a construção do terceiro tanque de armazenagem, orçado em 180 milhões de euros -, numa altura em que a empresa assume que o interesse em Moçambique deverá mesmo passar pela entrada no capital da Hidroeléctrica de Cahora Bassa já em Setembro, estando a decorrer negociações para a compra dos 15% que o Estado português detém na empresa.

Quanto ao processo de privatização da REN, o ministro da Economia, Vieira da Silva, não descarta a possibilidade de avançar ainda este ano, ressalvando que esse passo só vai ser dado quando "o Governo entender que a situação financeira internacional e nacional valoriza da melhor maneira os interesses que o Estado tem para essa operação". O ministro revelou ainda que, para já, não há prazos "nem características" definidos sobre a posição do Estado ou da participação dos accionistas.

Depois da visita às obras, que ficarão concluídas em 2012, reforçando a capacidade de recepção de gás na ordem dos 60% em velocidade de cruzeiro, passando dos actuais 240 mil metros cúbicos para 390 mil, Vieira da Silva alertou que o projecto confere "maior valorização ao Porto de Sines", já que permite à Europa "receber mais gás natural liquefeito, que tem de ser transportado por mar".

O governante assegurou também que esta ampliação vai proporcionar uma "maior independência no abastecimento energético", enquanto Rui Cartaxo alertou que o terminal do Litoral Alentejano terá de ser competitivo para concorrer com os terminais espanhóis. "Ao contrário do que se pensa, estes terminais não são monopólios", explicou, já que os fornecedores de gás natural podem optar por qualquer terminal da Península Ibérica. Quanto maior for a utilização da infra-estrutura, mais benefícios o consumidor vai sentir na sua factura de casa.

Ponte sobre o rio Zambeze

Soares da Costa vai construir ponte sobre Zambeze

O Conselho de Ministros de Moçambique aprovou hoje em Maputo a concessão de uma nova ponte sobre o Rio Zambeze, centro, ao consórcio Estradas do Zambeze, participado pela portuguesa Soares da Costa, que vai construir a infraestrutura.
O porta-voz do Conselho de Ministros moçambicano, Alberto Nkutumula, disse à imprensa que a nova travessia sobre o Zambeze vai ligar a cidade de Tete e o distrito de Benga, na província de Tete, centro de Moçambique, numa extensão de 1500 metros.

As obras iniciam-se este mês e a conclusão está prevista para janeiro de 2014. A infraestrutura está orçada em 105,3 milhões de euros e a ponte será gerida pelas Estradas do Zambeze em regime de concessão de 20 anos, prorrogável por mais 10, disse Alberto Nkutumula.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Investimento da Índia

Investimento da Índia em Moçambique poderá ultrapassar mil milhões de dólares em 2010

O investimento da Índia em Moçambique poderá ultrapassar, este ano, mil milhões de dólares, contra os cerca de 500 milhões de dólares registados em 2009, afirmou segunda-feira em Maputo o director-geral do Centro de Promoção de Investimentos (CPI).

À margem da assinatura entre Moçambique e a Índia de um acordo de financiamento de 25 milhões de dólares destinado ao Programa de Electrificação Rural nas províncias de Cabo Delgado, Manica e Niassa, Rafique Jussob disse que os investimentos que as empresas deverão efectuar centram-se nos sectores mineiro e industrial.

“Temos vários pacotes em discussão e espero que ainda este ano se concretizem, porque são investimentos que vão mudar, com certeza, a estrutura e a matriz de produção do nosso país”, disse ainda Rafique Jussob.

o director-geral do CPI salientou que a economia indiana está a modernizar-se e a produzir bens competitivos e com durabilidade, a um terço do preço dos produtos idênticos que Moçambique importa de mercados europeus e norte-americanos.

“Isto quer dizer que vamos ser importadores de equipamentos, máquinas, bens de consumo, incluíndo medicamentos. Do nosso lado temos de exportar para a Índia o caju processado, o algodão, e continuar a aumentar a exportação de comida, cereais e leguminosas”, disse.

Segundo o mesmo responsável, há um conjunto de investimentos em curso e oportunidades de investimento identificadas pelos indianos, no domínio da mineração, “que vai levar a que Moçambique seja exportador de bens minerais, carvão, ferro e aço, num futuro breve”.

No âmbito de uma visita de dois dias (domingo e segunda-feira) a Moçambique do ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, Somanahalli Mallaiah Krishna (conhecido como S.M. Krishna), que assinou com o seu congénere moçambicano o acordo de financiamento, o ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, disse que Moçambique pretende relançar a cooperação comercial e de negócios com a Índia.

Aiuba Cuereneia afirmou também que em 2009 a Índia foi o quarto maior investidor estrangeiro, num ano em que foram aprovados, no total, 250 projectos avaliados em mais de 6 mil milhões de dólares.


Porto de Nacala

Porto de Nacala, Moçambique, vai ser alvo de obras de reparação

O porto de Nacala, na província de Nampula, vai ser alvo de obras de reparação de emergência devido ao mau estado de algumas das suas instalações básicas, nomeadamente o terminal de contentores, informou em Maputo uma fonte oficial.

Ao lançar na passada sexta-feira o estudo de viabilidade para a expansão do porto de Nacala, Ana Dimande, directora nacional de Infra-estruturas no Ministério dos Transportes, disse que as reparações de emergência deverão começar o mais tardar em 2012.

Dimande acrescentou que as obras serão financiadas pelo governo central e pelos parceiros do Grupo dos 19 sendo ainda desconhecida a soma envolvida.

Nacala é um dos portos com melhores condições naturais na costa oriental de África mas a sua utilização tem sido diminuta até à data, situação que poderá mudar com a projectada construção de uma refinaria na zona e de um novo terminal de carvão, a ser provavelmente utilizado para exportar o carvão que irá ser extraído na região de Moatize, província de Tete.

O estudo de viabilidade que agora foi iniciado está a ser financiado e realizado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA, na sigla em inglês).


sábado, 3 de julho de 2010

Empresas mineiras

Assinado acordo entre empresas mineiras e Caminhos de Ferro para exportar carvão

Maputo - Os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e as empresas de mineração Vale (Brasil) e Riversdale (Austrália) assinaram hoje (sexta-feira) em Maputo um acordo para uso temporário do terminal do porto da Beira para exportação de carvão.

As duas multinacionais vão extrair carvão mineral em Moatize, na província de Tete, que é preciso depois fazer chegar ao oceano Indico, para exportação.

Uma das alternativas é fazer escoar o produto através do rio Zambeze, que passa em Moatize e desagua no Índico a norte, na Beira (divide as províncias de Sofala e Zambézia), estando a ser feitos estudos nesse sentido.

Quinta-feira, numa conferência sobre a navegabilidade do Zambeze, os participantes defenderam que o transporte fluvial é mais barato e seguro e disseram que é possível avançar com o projecto, embora o estudo preliminar ainda não tenha sido concluído.

O vice-ministro dos Recursos Minerais, Abdul Razak, disse mesmo que Moçambique está disposto a colaborar com o Malawi, país que faz fronteira com as províncias de Tete e Zambézia, para concretizar o projecto de navegabilidade.

O vizinho Malawi, sem ligação ao mar, necessita de Moçambique para chegar aos portos marítimos, quer seja pelo rio Zambeze, quer por via férrea.

Hoje, e enquanto não se decide sobre o escoamento via Zambeze, as duas grandes empresas de mineração assinaram um acordo para capacitar e utilizar temporariamente o terminal do porto da Beira, por onde serão escoadas cinco milhões de toneladas de carvão por ano.

O acordo foi assinado pelo presidente do Conselho da Administração dos CFM, Rosário Mualeia, pelo diretor geral da Vale-Moçambique, Galib Chaim, e pela gestora de projetos da Riversdale, Jennifer Garvey.

O acordo permite que as duas empresas partilhem a capacidade útil do terminal na proporção de 68 porcento para a Vale e 32 porcento para a Riversdale.

As duas empresas mineiras devem começar a exportar o carvão de Moatize dentro de um ano. A empresa CFM vai construir um novo terminal de carvão, mas este apenas estará concluído no fim de 2013.

A Vale do Rio Doce, multinacional brasileira, vai produzir anualmente numa primeira fase 11 milhões de toneladas de carvão por ano, tendo começado esta semana a fase de pré-operação.

A Riversdale assinou recentemente um acordo com a empresa chinesa WISCO (Wuhan Iron and Steel Corporation), mediante o qual vende 40 porcento do projecto de carvão do Zambeze (um de dois projectos que tem em Tete), em troca de um financiamento de 800 milhões de dólares (639 milhões de euros).

Em Moatize, segundo estudos, localiza-se uma das maiores minas de carvão do mundo, com mais de 800 milhões de toneladas.



Ilha está à venda na Internet

Ilha está à venda na Internet
Para os interessados: vale mais de 700 mil euros

Uma ilha do arquipélago moçambicano das Quirimbas, na província de Cabo Delgado, está à venda na Internet por 900 mil dólares (mais de 700 mil euros), mas o governo local desconhece e os habitantes estão preocupados.

A venda da ilha do Congo, com pouco mais de sete hectares, aparece na página http://www.mondinion.com/, que dá a localização e explica que está a ser desenvolvida e que foi adquirida em Setembro de 2008.

Segundo a Constituição de Moçambique, a terra não pode ser vendida, mas a verdade é que a ilha do Congo, a hora e meia da costa de Mocimboa da Praia, província de Cabo Delgado, está há semanas à venda.

Nestlé vai investir 22 milhões

Nestlé vai investir 22 milhões de euros em Moçambique
Fábrica, que será instalada na cidade da Beira, província de Sofala, centro do país, visa satisfazer a procura crescente em Moçambique e nos países vizinhos dos produtos na Nestlé

A Nestlé, companhia multinacional de produtos alimentares, anunciou esta sexta-feira um investimento de 22,3 milhões de euros, nos próximos três anos, para a construção de uma fábrica e de uma rede de distribuição de produtos alimentares em Moçambique, nota a Lusa.

A fábrica, que será instalada na cidade da Beira, província de Sofala, centro do país, visa satisfazer a procura crescente em Moçambique e nos países vizinhos dos produtos na Nestlé, nomeadamente produtos de culinária, café e outras bebidas, indica um comunicado hoje divulgado pela instituição na sua página na Internet.

Com a instalação da indústria em Moçambique, prevê-se que mais de 260 moçambicanos tenham emprego até 2013.

A iniciativa da Nestlé faz parte de um plano de investimento da companhia na região da África Oriental que deverá atingir 112,3 milhões de euros em três países da África Austral: Moçambique, Angola e República Democrática do Congo (RDC).

A Nestlé tenciona aumentar os seus investimentos também no Quénia e Zimbabué.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

300 vagões para Moçambique

Empresa da CP negoceia 300 vagões para Moçambique por 20 milhões
Carlos Frazão, presidente da EMEF, está a estudar a proposta, mas tem de assegurar o financiamento.

A EMEF, empresa da CP especializada na construção e manutenção do equipamento ferroviário, tem em cima da mesa uma proposta dos Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) para construir 300 vagões de transporte de mercadorias para aquele país africano.

Em declarações ao Diário Económico, o presidente da EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), Carlos Frazão, mostra-se cauteloso sobre esta nova hipótese de negócio. "As coisas ainda não estão definidas. Ainda estamos na entrada da porta e há muitos concorrentes à espreita", ressalva este responsável. Há grandes grupos da África do Sul e da Índia que também querem este negócio.

A proposta de fabrico de 300 vagões foi feita pelos administradores dos CFM aos governantes portugueses durante a visita do primeiro-ministro José Sócrates a Moçambique, em Março. Mas, entretanto, o presidente da empresa ferroviária moçambicana foi substituído e agora a EMEF tem de perceber se a nova equipa de gestão continua a perfilhar o interesse da anterior equipa de gestão.



Habitação

Governo de Moçambique promove a construção de 480 mil habitações até 2014
O Governo de Moçambique vai promover a construção de 480 mil habitações até 2014 para a “melhoria da qualidade de vida do cidadão”, disse o ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba.
A medida insere-se na Política e Estratégia de Habitação que o Governo pretende aplicar no âmbito do Programa Quinquenal (2010-2014), que tem como objectivo, nomeadamente, proporcionar uma habitação condigna a todos os moçambicanos, bem como facilitar a construção e aquisição de material.
“Para o presente ano económico, o sector propõe-se elaborar a Política de Estratégia e Habitação, promover (em todo o país) o acesso a terra infra-estruturada e apoiar a auto-construção, a auto-construção de 96 mil habitações, a construção de novas habitações, bem como melhorar os assentamentos informais”, refere um documento apresentado durante o Conselho Coordenador do Ministério das Obras Públicas e Habitação (MOPH), em Boane, província de Maputo.
Quanto à construção das 96 mil habitações este ano, o ministério pretende disponibilizar, através de instituições do Estado e autarquias, projectos-tipo evolutivo a cidadãos com rendas baixas, além de definir parâmetros de qualidade e divulgar novas tecnologias para que os custos de construção sejam mais baratos e acessíveis.
De acordo com Cadmiel Muthemba, que hoje falava na reunião do Conselho Coordenador, “o Governo irá continuar a contribuir para a melhoria da qualidade de vida do cidadão”.
A habitação “é considerada uma necessidade social elementar e de importância crítica para a melhoria das condições de vida e reforço do desenvolvimento do capital humano”, justificou Cadmiel Muthemba.
Num balanço das actividades realizadas no primeiro semestre de 2010, o documento do MOPH acrescenta ainda que já demarcou 15 440 talhões de terra, sendo que a maior parte situa-se na província de Sofala, no centro do país.
Na reunião do Conselho Coordenador foi também reafirmado que o governo vai alargar o abastecimento de água a mais 830 mil cidadãos da província de Maputo, Sul do país, um aumento na ordem dos cem por cento graças à construção de novos equipamentos.
“As obras consistem na construção de uma nova estação de tratamento de água em Umbeluzi (Boane), uma nova conduta de transporte de água de Umbeluzi para Matola e na reabilitação das condutas existentes”, explicou o ministro moçambicano das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, quarta feira, durante a abertura do XVIII Conselho Coordenador do Ministério na Barragem dos Pequenos Libombos, em Boane.
De acordo com Cadmiel Muthemba, o projecto inclui também a construção de novos centros de distribuição de água em Tsalala, na cidade de Matola, Belo Horizonte e Matola Rio, no distrito de Boane, e a reconstrução dos centros de Boane e Katembe.
Com a conclusão das obras, 1,5 milhões de pessoas da região de Maputo vão ter acesso a água.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Energias Renováveis

Moçambique e Cabo Verde na mira da GeSto Energia

O mercado africano das energias renováveis está a suscitar o interesse da GeSto Energia, empresa do grupo Martifer. O projecto de mapeamento dos principais recursos renováveis de Moçambique é um dos objectivos da empresa, que já assegurou um memorando de entendimento com o Fundo de Energia de Moçambique (FUNAE).

Através deste memorando, a empresa garante a contratualização do projecto de mapeamento, mas também de uma caracterização dos principais projectos renováveis de Moçambique. O projecto tem um custo estimado de 4,5 milhões de euros para um horizonte temporal de dois anos. «Esperamos em breve celebrar o contrato e iniciar o projecto, que poderá ser estruturante para o desenvolvimento futuro da situação energética daquele país», sublinha o administrador-delegado da GeSto Energia, Miguel Barreto. A energia hídrica, eólica, solar, geotérmica, da biomassa/RSU e ondas vão ser abrangidas pela iniciativa.

Em Cabo Verde, o governo adjudicou à GeSto um contrato para a realização do Plano Energético Renovável para Cabo Verde, que inclui a realização de um Plano Energético até 2020, de um Atlas das Energias Renováveis e também o apoio técnico ao licenciamento e operacionalização de um conjunto de projectos bandeira na área das energias renováveis, onde se destacam as duas centrais fotovoltaícas de 5 MW em Santiago e 2,5 MW na ilha do Sal.

Segundo Miguel Barreto a preparação do plano energético renovável começou em Janeiro e vai decorrer até ao final do ano. Está em curso o estudo e projecção da procura por ilha, o estudo dos sistemas e redes eléctricas existentes e a caracterização dos principais recursos renováveis e potenciais projectos. «Por exemplo, ao nível da Geotermia foi já concluído um primeiro reconhecimento geológico das ilhas do Fogo, Santo Antão e São Vicente e realizadas várias dezenas de análises geoquímicas a águas locais», refere o gestor.

Estradas

Manutenção das estradas é dos maiores desafios do governo de Moçambique

A manutenção regular de 18 mil quilómetros de estradas é um dos maiores desafios que o governo enfrenta, disse quarta-feira em Boane o ministro das Obras Públicas de Moçambique, Cadmiel Muthemba.

Ao falar na sessão de abertura do Conselho Coordenador do ministério, reunido na estância turística dos Pequenos Limbombos no distrito de Boane, a 40 quilómetros da capital Maputo, Muthemba garantiu, no entanto, que o governo vai continuar a construir, recuperar e manter estradas e pontes a fim de aumentar a mobilidade de pessoas e bensem Moçambique.

Moçambique dispõe actualmente de 30 300 quilómetros de estradas, dos quais apenas 6 500 quilómetros estão alcatroados, sendo o restante estradas de terra, a maior parte das quais impraticáveis durante a época das chuvas.

O ministro informou os presentes que ao longo dos primeiros seis meses do ano foram completados importantes obras rodoviárias, incluíndo a recuperação da estrada Vanduzi-Changara ligando as províncias de Manica e Tete, a construção da ponte sobre o rio Rovuma ligando Moçambique e a Tanzânia e as pontes de Lucite e Massapa, na província de Manica.

Em construção encontram-se actualmente as pontes sobre os rios Muculumba na província de Nampula, Licungo e Cuacua na Zambézia e estão em reparação as pontes sobre o rio Zambeze na cidade de Tete e a que liga a ilha de Moçambique ao continente.

Oportunidades em Moçambique

Resíduos, água e energia são as principais oportunidades em Moçambique
As relações comerciais entre Portugal e Moçambique, na área do ambiente, estão a avançar a passos largos. Cada vez mais, empresas portuguesas viram-se para o “El Dorado” do Índico à procura de oportunidades nas áreas da gestão de resíduos, abastecimento e saneamento de águas e produção de energias renováveis.
Apesar do orçamento de Estado de Moçambique depender em mais de 50 por cento de investimento externo, o país está a apostar na construção das infra-estruturas básicas, mesmo na actual conjuntura de crise. O ministro moçambicano da Energia, Salvador Namburete, já afirmou que, apesar da crise mundial ter perturbado o andamento dos projectos energéticos em Moçambique, não teve implicações na construção da barragem Mpanda Nkuwa, que será a segunda maior do país, num investimento de 2,1 mil milhões de euros.
No sector da água, o Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (Fipag) mantém a meta de 70 por cento da população abastecida com abastecimento de água até 2015. Só em 2009, foram investidos cerca de 530 milhões de dólares (431 milhões de euros, à taxa de câmbio actual) no abastecimento de água.
Na opinião da Câmara do Comércio Portugal-Moçambique (CCPM), o Fipag foi um «passo de gigante» para o desenvolvimento de estruturas de abastecimento no país. Não obstante, Maputo continua sinalizada como uma das situações mais problemáticas em termos de abastecimento, devido à falta de planos de abastecimento. A Beira, segunda maior cidade do país e capital da província de Sofala, é um dos locais onde as infra-estruturas estão mais desenvolvidas. Esta é a única cidade onde já se avança em soluções de saneamento, com uma rede de esgotos e uma estação de tratamento de águas. Para os resíduos, as autoridades locais têm planificada a recolha e gestão de resíduos. Mesmo assim, o país conta ainda com inúmeras lixeiras a céu aberto onde são depositados os resíduos sólidos urbanos.
Self Energy consolida posição no mercado moçambicano
A portuguesa Self Energy já conseguiu, em território moçambicano, um conjunto de contratos e adjudicações que ultrapassam os 35 milhões de euros e que serão implementados durante os próximos três anos. Como exemplo de projectos, o CEO do grupo, Miguel Matias, refere a construção de mini-centrais solares em 10 das 50 aldeias que foram contratadas com o FUNAE (Fundo de Energia). Também os Aeroportos de Moçambique contrataram a empresa para a implementação de soluções solares fotovoltaicas nos seus aeroportos.
«As soluções de mini-geração, quer fotovoltaicas, quer através de mini-hídricas são as grandes apostas em Moçambique», afirma Miguel Matias. Num país onde a taxa de electrificação não chega aos 20 por cento, a Self Energy detectou uma oportunidade de mercado no fornecimento de de geração local de energia de base renovável.
Já a EFACEC Ambiente, em consórcio com a Mota Engil e a Sogitel, vai ser a responsável pela construção da segunda fase da Estação de Tratamento de Águas (ETA) de Umbeluzi, através do Fipag. A adjudicação tem um valor de quatro milhões de euros e surge na sequência do contrato já em execução por este consórcio nesta ETA. Com esta segunda fase, a estação de tratamento, que abastece Maputo, Matola e Boane, irá aumentar a capacidade de produção de água potável em 48 000 metros cúbicos por dia.
A Águas de Moçambique, participada da Águas de Portugal, está a participar em três projectos de investigação e desenvolvimento (I&D), no âmbito do 7º Programa Quadro da União Europeia. Os projectos G-MOSAIC, MyWater e TRUST, relacionados com a gestão sustentável dos recursos hídricos e a prevenção de crises, envolvem uma vasta rede de sinergias entre mais de cem instituições. As iniciativas representam um investimento global de mais de 20 milhões de euros na produção de tecnologia e conhecimento.




quarta-feira, 30 de junho de 2010

Projectos hidro-eléctricos

Desenvolvimento dos projectos hidro-eléctricos é a prioridade de Moçambique em termos energéticos
A prioridade de Moçambique em termos energéticos é o desenvolvimento de projectos hidro-eléctricos surgindo mais tarde os projectos decorrentes da utilização de gás natural, eólicos ou solares, afirmou em Basileia o ministro da Energia de Moçambique.
Dirigindo-se aos presentes numa conferência realizada naquela cidade da Suiça, Salvador Namburete disse que Moçambique não tem interesse imediato em investir na energia nuclear, sendo a prioridade o desenvolvimento do potencial hidroeléctrico.
"Existem 12 mil megawatts de energia eléctrica que não estão a ser produzidos ou que diariamente desaguam no mar e o aproveitamento dessa energia é a nossa prioridade", disse o ministro, ao responder a uma pergunta relacionada com a energia nuclear.
Salvador Namburete disse ainda que se Moçambique pretende atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e conseguir um desenvolvimento sustentável com criação de emprego tem de remover as limitações impostas pela falta de energia.

Portugueses pedem dinheiro para financiar projectos em Moçambique

Portugueses pedem dinheiro para financiar projectos em Moçambique
Empresários portugueses da construção civil, transportes e comunicações residentes em Moçambique pediram ao ministro António Mendonça a rápida disponibilização da linha de crédito e financiamentos para a construção de infra-estruturas.
Num encontro orientado pelo ministro das Obras Públicas, que terminou ontem a visita de dois dias a Moçambique, os empresários portugueses asseguraram estar a "viver um bom ambiente de negócios", pelo que apelaram ao Executivo de Lisboa para que apresente datas para a disponibilização da linha de créditos visando financiar projectos em Moçambique.
Em Março o primeiro-ministro José Sócrates visitou Moçambique e anunciou uma linha de crédito de 400 milhões de euros para suportar importantes projectos a serem desenvolvidos sobretudo pelas empresas portuguesas.
Ontem António Mendonça reuniu-se com empresários portugueses para abordar assuntos de interesse no sector dos transportes, comunicações e construção civil.
No final do encontro o ministro disse aos jornalistas ter ficado "surpreendido com o clima generalizado de satisfação e empenho das empresas portuguesas" em Moçambique. "Estava à espera de encontrar o ambiente positivo, mas fiquei surpreendido com a nota bastante positiva que foi transmitida pelos empresários portugueses" que trabalham em Moçambique. "Pude concluir que há um excelente ambiente e que a generalidade das empresas está satisfeita com o modo como as coisas estão a correr", assinalou o governante.
Em declarações à agência Lusa o administrador delegado da Visabeira-Moçambique, Afonso Loureiro, referiu que os empresários garantiram ao ministro que o "ambiente geral é positivo, não há problema de fundo". A "principal mensagem transmitida foi que Moçambique ainda continua a viver um bom ambiente de negócios. Temos tido a sorte de passar ao lado de toda a crise internacional", aliás, "o ambiente geral é positivo, não há problema de fundo, não há contingências que não sejam aquelas normais do dia-a-dia".
"Dissemos que Moçambique é um país sério, regulado, onde as empresas podem apostar a longo prazo, onde poderão desenvolver negócios com finalidade de crescer, seja de afirmação do país, seja da empresa portuguesa", sublinhou Vieira de Magalhães, administrador-delegado da Soares da Costa.

Ouro em Tete

African Queen Mines vai iniciar prospecção de ouro em Tete, Moçambique
A empresa mineira canadiana African Queen Mines anunciou segunda-feira em Vancouver ir dar início à prospecção de ouro na sua concessão "Projecto rei Salomão", na província de Tete, em Moçambique.
De acordo com um comunicado divulgado na página electrónica da empresa, a African Queen Mines e a sua parceira, a empresa suiça Opti Metal Trading Ltd, contrataram a Resource Drilling Mozambique Lda, de Tete, para efectuar os trabalhos de perfuração.
A African Queen Mines informou ainda que, antes de se poder dar início aos trabalhos de perfuração, foram abertas estradas de acesso, escolhidos os locais e transportado o equipamento necessário.
"Neste primeira fase de prospecção serão efectuados 15 perfurações a uma profundidade de 150 a 200 metros", pode ainda ler-se no comunicado, que acrescenta que os trabalhos já se iniciaram nas três primeiras.
A African Queen Mines é uma empresa que centra a sua actividade na prospecção de recursos dispondo de vários explorações mineiras na África Austral e Ocidental.
Em Moçambique, onde opera através da sua subsidiária PAM Moçambique Ltd, e no Gana, através da AQ Ghana Gold Ltd., faz prospecção de ouro e de outros metais e no Botsuana e Namíbia, através da PAM Botsuana, de diamantes.


terça-feira, 29 de junho de 2010

Empresas Portuguesas

Presença das empresas portuguesas em Moçambique é «positiva»
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Portugal, António Mendonça, considera "positiva" a participação das empresas portuguesas em Moçambique, minimizando o impacto de entrada de firmas chinesas no país.
"Não tenho qualquer temor em relação às empresas chinesas" em Moçambique, disse aos jornalistas o titular da pasta das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Portugal.
António Mendonça iniciou ontem em Maputo uma visita de dois dias a Moçambique, destinada a avaliar o grau de implementação dos acordos entre os dois países no sector dos transportes e comunicações, especialmente na gestão de infra-estruturas (aeroportuárias, portuárias e ferroviárias).
Em declarações à imprensa sobre a presença massiva de empresas chinesas, numa altura em que Portugal aposta na parceria com Moçambique na área de infra-estruturas, António Mendonça garantiu que Portugal pode oferecer "competência muito significativa" comparada com a China. "Podemos oferecer um conhecimento muito grande da realidade moçambicana, competências e qualidade. Portugal está no processo de modernização". "Naturalmente, cada um oferece aquilo que pode dentro das suas capacidades".

sábado, 26 de junho de 2010

Projecto imobiliário

Joaquim Chissano lança projecto imobiliário avaliado em 80,7 milhões de euros
O ex-presidente moçambicano Joaquim Chissano lançou hoje em Maputo um projecto de construção de 1836 casas, avaliado em 80,7 milhões de euros, “em resposta à enorme demanda de casas entre os jovens profissionais das zonas urbanas”.
Dados fornecidos no anúncio do novo empreendimento imobiliário, denominado “Casa Jovem”, referem que as habitações serão erguidas em prédios de quatro pisos cada, em casas de tipo 1 e tipo 4, na área de Chihango, zona próxima do Bairro do Triunfo, um dos mais luxuosos da capital moçambicana.
Além das habitações, a área do projecto “Casa Jovem” vai também albergar um espaço comercial, ginásios, salões de festas, piscinas, parques de estacionamento e outras infraestruturas.
Falando sobre a iniciativa, em nome da Fundação Joaquim Chissano, uma das entidades promotoras do empreendimento, o ex-chefe do Estado moçambicano afirmou que “o projecto de construção de habitação para jovens é em resposta à enorme demanda que se verifica por parte desta camada da população moçambicana, principalmente dos jovens profissionais das zonas urbanas”.
Joaquim Chissano sublinhou que “o problema da habitação é de dimensão nacional e afecta a maioria dos moçambicanos, em particular os jovens”, defendendo por isso que “a obra a erguer seja de boa qualidade, mas de um custo acessível aos seus destinatários”.
O presidente da Fundação Joaquim Chissano destacou o benefício do empreendimento no plano social pelo facto de a iniciativa poder permitir o acesso de mais de 1800 famílias moçambicanas jovens “a habitação condigna”.
Segundo Érik Charas, director-executivo da Charas Limitada, que concebeu o projecto, o custo mínimo de uma casa será de 25 mil dólares (pouco mais de 20 mil euros) e o investimento total do empreendimento será disponibilizado pelos promotores da iniciativa.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Recuperação centrais hidroeléctricas

Suécia vai comparticipar na recuperação de duas centrais hidroeléctricas em Moçambique
As centrais hidroeléctricas de Chicamba e Mavuzi, na província central de Manica, vão ser recuperadas de forma a produzirem mais energia eléctrica, afirmou quarta-feira em Maputo um administrador da Electricidade de Moçambique (EdM).
De acordo com o Notícias, 33 milhões de dólares serão concedidos sob a forma de donativo e os restantes 21 sob a forma de empréstimo.
Augusto Fernando disse que até Dezembro próximo será conhecido a empresa vencedora do concurso público lançado pelo governo, sendo que as obras de recuperação das duas centrais deverão iniciar-se em Janeiro de 2011 e prolongar-se por 18 a 24 meses.
"Com estas obras pretende-se aumentar a capacidade de produção de energia eléctrica de 63 para 83 megawatts a fim de responder à procura, tanto interna como externa, de electricidade", disse ainda o administrador.
No âmbito deste projecto, os governos de Moçambique e da Suécia assinaram quarta-feira em Maputo um acordo através do qual a Suécia vai disponibilizar 54 milhões de dólares para a reconstrução das duas centrais.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Buzi Hidrocarbons

Empresa da Indonésia vai pesquisar hidrocarbonetos em Moçambique
Uma área de 10,2 mil quilómetros quadrados no bloco do Buzi vai ser concessionada à empresa Buzi Hidrocarbons, da Indonésia, para a realização de sondagens sísmicas e prospecção de hidrocarbonetos, informou o diário Notícias, de Maputo.
O jornal adianta que a atribuição da concessão deverá ocorrer ainda este ano após a aprovação do respectivo estudo de impacto ambiental pelo Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental.
De acordo com o representante da estatal Empresa Nacional de Hidrocarbonetos na Buzi Hidrocarbons, Amade Valy Mamad, o projecto está na fase inicial, aguardando-se apenas pelo aval do governo para se poder iniciar a desminagem do terreno e a abertura de linhas sísmicas.
Mais tarde, será lançado um concurso público internacional para a empreitada de aquisição sísmica, com um custo superior a 30 milhões de dólares, financiado pela Hidrocarbonetos de Moçambique e pela Buzi Hidrocarbons, subsidiária do grupo PT Kalila Production.
Amade Valy Mamad adiantou que o plano de actividades prevê no próximo ano a abertura naquele bloco dos primeiros dois furos da pesquisa de hidrocarbonetos.
Nos anos 60 do século XX foi efectuada uma pesquisa sísmica na região tendo os resultados determinado a ocorrência de gás natural numa área de aproximadamente 50 quilómetros quadrados, dos quais 40 vão, desta vez, ser alvo de estudos bidimensionais.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Abastecimento de água - União Europeia / Moçambique

União Europeia apoia projecto de abastecimento de água de 95 ME em Moçambique
A União Europeia e o Banco Europeu de Investimento vão co-financiar um projecto de abastecimento de água às regiões de Boane, Maputo e Matola, sul de Moçambique, avaliado em quase 95 milhões de euros.
O projecto, que tem como parceiros o Governo moçambicano (que contribui com 13 milhões de euros), da Holanda (18,6) e Agência Francesa de Desenvolvimento (6,6), visa reabilitar e ampliar a actual capacidade de produção de água na Estação de tratamento do Umbelúzi, em Boane.
Para a materialização do projecto, a União Europeia concederá 25 milhões de euros, enquanto o Banco Europeu de Investimento dará 31 milhões de euros.
As obras consistem na ampliação da Estação de tratamento do Umbelúzi, em Boane, dos actuais 44 mil metros cúbicos por dia para 240 mil metros cúbicos diários.
Com a conclusão do projecto, em 2012, cerca de 1,5 milhões de pessoas do distrito de Boane e das cidades de Maputo e Matola passarão a ter água potável durante 24 horas, fornecimento que beneficiará zonas residenciais, escolas e hospitais locais.
No âmbito dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, as Nações Unidas fixaram em 70 por cento a cobertura do abastecimento de água urbana em Moçambique até 2015, mas as autoridades moçambicanas estimam que, até finais do ano passado, já tinham alcançado 60 por cento da cobertura.
Na cidade de Maputo, capital moçambicana, a actual taxa de cobertura de água potável é de 50 por cento, num universo de cerca de 1,4 milhões de habitantes.
Hoje, o ministro das Obras Públicas e Habitação de Moçambique, Cadmiel Muthemba, lançou a primeira pedra simbolizando o arranque oficial das obras de abastecimento de água, que prevê tornar possível que, dentro de ano e meio, 1,5 milhões de pessoas possam ter acesso a um fornecimento contínuo de água na zona do grande Maputo, 830 mil dos quais novos consumidores.
Segundo Cadmiel Muthemba, esta cifra poderá contribuir para o cumprimento das Metas do Desenvolvimento de Milénio que o país subscreveu, que estabelece uma cobertura de 70 por cento da população moçambicana com acesso a água potável até 2015.
O presidente do Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG), Nelson Beet, assegurou, a propósito, que “Moçambique irá cumprir as Metas do Desenvolvimento de Milénio até 2015″ relativamente à taxa de cobertura de água.
Em Outubro do ano passado, o FIPAG rubricou acordos com quatro empresas visando a materialização do projecto de abastecimento de água nas três zonas.
No quadro dos pactos rubricados, uma das obras a ser desenvolvida será a da reabilitação e ampliação da estação de captação e de tratamento de água do Umbelúzi durante os próximos 18 meses. As acções, avaliadas em 27 milhões de euros, serão executadas pelo consórcio Português Mota Engil/EFACEC/SOGITEL.
No mesmo programa, prevê-se a construção de 19 quilómetros de uma nova adutora e reabilitação da adutora existente a serem executadas pela empresa chinesa China Geo-Engeenering and Corporation, cuja duração é de 18 meses e custarão 15 milhões de euros.
Uma outra obra a ser executada por outra empresa chinesa, a China Henan International (CHICO), é a expansão do sistema de abastecimento de água para novas áreas. A mesma está estimada em 9,6 milhões de euros e deverá ser concluída também até 2012.

Apoio na área de Engenharia - Portugal / Moçambique

Portugal estuda desenvolver apoio a Moçambique na área da Engenharia
Portugal estuda apoiar a capacitação dos laboratórios de engenharia civil em Moçambique, bem como a gestão dos recursos hídricos do país, segundo o que foi tratado na reunião mantida esta quarta-feira entre o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho e o ministro moçambicano das Obras Públicas, Cadimel Muthemba.
A ideia passa por desenvolver a cooperação já existente entre Portugal e Moçambique no domínio da engenharia, sendo que o governante português admite que em relação à questão das bacias hidrográficas “queremos aproveitar a experiência que Portugal tem”.
Portugal e Moçambique são países com recursos hídricos partilhados, ambos países de “fim da linha dos rios”, tendo Portugal desenvolvido “uma experiência muito interessante na gestão conjunta das bacias com Espanha”, lembrou João Cravinho.
“Falámos da possibilidade de partilhar experiências nessa matéria”, acrescentou o secretário de Estado, também em declarações aos jornalistas.
João Cravinho lembrou que “há um envolvimento bastante grande de empresas portuguesas” em obras públicas moçambicanas e disse que irão surgir agora novas oportunidades, “nomeadamente através da criação de condições mais alargadas de financiamento”.
A visita de João Cravinho a Moçambique destina-se sobretudo a preparar a visita que o Primeiro-ministro José Sócrates fará ao país no início de Março, antecedida de outra que o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, fará a Portugal ainda no primeiro semestre.
“As necessidades de Moçambique continuam no domínio das obras públicas, estradas em particular, durante bastantes anos. Há muito interesse por parte do empresariado português em participar nesse processo”, disse João Cravinho.

Estrada Nacional

Opway Engenharia ganha obra para Estrada Nacional de Moçambique
A Opway Engenharia venceu o concurso para a concepção e reabilitação de 135 quilómetros da Estrada Nacional 211, que liga Caniçado e Chicualacuala, na província de Gaza, em Moçambique.
Esta empreitada, lançada pelo Ministério das Obras Públicas e Habitação de Moçambique, tem um prazo de execução de 30 meses e está orçada em cerca de 41 milhões de euros.
De acordo com a nota de imprensa da Opway, este contrato compreende também “trabalhos de movimento de terras, obras de arte correntes, drenagem, revestimentos superficiais, sinalização e guardas de segurança”.
A obra está enquadrada nos objectivos estratégicos traçados pelo Governo de Moçambique para o sector de estradas, que visa “aumentar a percentagem de vias rodoviárias em boas condições de conservação de 39% para 70%, ou seja, de 10.600 quilómetros para 19.030 quilómetros”.
Os responsáveis do grupo liderado por Soares Franco referem que este país africano é “um dos mercados estratégicos da Opway”, no qual têm também outras empreitadas como a “construção da nova ponte de Tete”, as estradas Centro NE Lote 1, Namacurra-Nampevo, e Lote 2, Nampveo- Alto Molócue, e a ponte de Moculumba, na província de Nampula

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Empresas Brasileiras

Empresas brasileiras ganham terreno na energia e cimentos em Moçambique
Maputo, Moçambique, 21 Jun – A distribuição de energia e a indústria do cimento são os novos focos de investimento em Moçambique para as empresas brasileiras, que têm vindo a ganhar importantes posições nos recursos minerais, agricultura e construção civil.
Os ministros da Energia de Moçambique e Brasil concretizaram na semana passada um acordo de cooperação que prevê que a brasileira Eletrobras realize o estudo para a construção de uma linha de transmissão de alta tensão de 1400 quilómetros ligando a província de Tete a Maputo.
O custo total do projecto da linha Centro-Sul, conhecida em Moçambique por "espinha dorsal", está estimado em 1,4 mil milhões de dólares.
O estudo irá também procurar formas de preparar a infra-estrutura de transmissão de energia na região central de Moçambique para futuros aproveitamentos hidroeléctricos no país, particularmente os do vale do rio Zambeze.
De acordo com a imprensa brasileira, o estudo deverá ficar concluído até ao primeiro trimestre de 2011.
Também na semana passada, a brasileira Camargo Corrêa Cimentos adquiriu 51 por cento da Cimentos de Nacala (Cinac), do grupo moçambicano Insitec.
A unidade, na cidade portuária de Nacala, província de Nampula, tem uma capacidade instalada para produzir 350 mil toneladas de cimento por ano.
Em Fevereiro passado, a Camargo Corrêa Cimentos comprou uma participação da cimenteira portuguesa Cimpor, que detém atualmente a maior cimenteira de Moçambique, pelo que passam a estar em concorrência directa.
O reforço da presença brasileira tem sido também visível ao nível de empresas de menor dimensão.
Após a primeira missão empresarial do Brasil a Moçambique, em 2009, a maior parte das empresas participantes entrou no mercado, com destaque para os sectores do petróleo e gás, rochas ornamentais, astronomia, confecção de roupas, ferragens e construção civil.
Uma segunda missão terá lugar durante a edição deste ano da Feira Internacional de Maputo (Facim), a decorrer de 30 de Agosto a 6 de Setembro.
Ainda este mês, o Sebrae e o Centro Internacional de Negócios (CIN) pretendem realizar um encontro sobre oportunidades de negócios em Moçambique na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), na capital Curitiba.
No domínio agrícola, a Agência Brasileira de Cooperação e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) assinaram um acordo que prevê o apoio ao Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) por um período de 4 anos.
O Brasil está ainda a apoiar o desenvolvimento de tecnologias de construção em Moçambique, através de um acordo entre os dois governos.
O projecto de cooperação bilateral, que envolve o apoio ao desenvolvimento de um sistema de custos e índices para a construção civil, uma incubadora de micro-empresas e um centro de pesquisa de sistemas não-convencionais para a construção de habitação de renda social.
Na área farmacêutica, está em conclusão a fábrica de anti-retrovirais a ser construída em Moçambique, projecto que tem a ajuda financeira e de transferência de tecnologia do governo brasileiro e supervisão da Fiocruz, entidade de pesquisa em saúde e produção de medicamentos no Brasil.

Petróleo

Moçambique encerra concurso para exploração dos petróleos
O Instituto Nacional de Petróleo (INP) de Moçambique encerrou na sexta-feira o quarto concurso público para a concessão das áreas de pesquisa e produção de hidrocarbonetos em diversas regiões do país, com seis empresas a apresentarem propostas para o efeito.
Tratam-se das empresas “Aguia Energy, Lda. (consórcio constituído pelas empresas Tlou Energy and Saber Energy Group da Austrália)” – que se propõe a explorar as áreas dos Grabens de Baixo e Médio Zambeze e área de Maniamba; “CH – Swiss Oil Holdings International Ltd. (com capitais dos Estados Unidos da América e das Maurícias; SpotsWood Petroleum de Angola e British Virgin Islands) - para as áreas de Graben de Mazenga e Limpopo; e DNO International ASA da Noruega – para as áreas do Graben do Baixo Zambeze.
As outras empresas que apresentaram propostas são a “New Age (African Global Energy) Ltd., de Jersey/Reino Unido) – para as áreas de Banhine e Palmeira; Sasol Petroleum International (Pty) Ltd., da África do Sul – para as áreas de Mazenga e Banhine; e Touchstone Oil and Gás Ltd, do Canadá – para a área de Mazenga.
“No quadro deste processo competitivo seguir-se-á a avaliação das propostas com base nos critérios apresentados, os quais incluem a competência e capacidade técnica; robustez financeira, bem como saúde, segurança e meio ambiente, bem como os termos económicos oferecidos ao Estado moçambicano”, refere um comunicado do INP divulgado na sexta-feira.
A divulgação dos resultados finais sobre as empresas vencedoras deverá acontecer até finais de Setembro.O concurso agora encerrado foi lançado a 4 de Novembro de 2009, tendo na ocasião o INP afirmado que as companhias tinham cerca de sete meses e meio para avaliar as áreas em oferta e formularem propostas para a sua concessão.
Moçambique tornou-se num país apetecível ao investimento estrangeiro direccionado para a pesquisa e prospecção de petróleo devido às suas potencialidades na área de hidrocarbonetos. Actualmente cerca de uma dezena de multinacionais petrolíferas está envolvida em actividades de pesquisa e prospecção de hidrocarbonetos em Moçambique.
As actividades de pesquisa e prospecção de petróleo são mais intensas ao longo da Bacia do Rovuma, na região entre as zonas norte e centro do país, onde operam as companhias Petronas (malaia), Artumas (canadiana), ENI (italiana), Anadarko (norte-americana) e Norsh Hydro (norueguesa).
Desde 2006 já foram investidos mais de 500 milhões de dólares norte-americanos na pesquisa e prospecção de hidrocarbonetos, um valor que deverá aumentar nos próximos anos.
O Governo de Moçambique pretende inverter o cenário actual em que a maioria, senão os únicos, operadores no sector são estrangeiros.Para tal, o Governo aprovou uma nova estratégia para o licenciamento de operadores do sector petrolífero que privilegia o sector privado nacional nas actividades de pesquisa e prospecção de petróleo.

domingo, 20 de junho de 2010

FACIM 2010

30 of Agosto - 46ª Feira Agro-Pecuária, Comercial e Industrial de Moçambique - FACIM 2010

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Detalhes: Atenção Empresariado Nacional e Internacional, as inscrições para a exposição FACIM 2010 encontram-se abertas no local até 30 de Junho de 2010.

A FACIM é uma feira comercial, espaço privilegiado onde se juntam produtores, vendedores, investidores, importadores, exportadores, compradores, etc. A sigla FACIM, significa Feira Agro – Pecuária, Comercial e Industrial de Moçambique.

O objectivo principal da FACIM é a promoção das trocas comerciais, estimular a produção e o consumo, e a integração económica de Moçambique na economia mundial.

Contactos:
Tel: +258 21 427151
Fax: +258 21 427129
Cel: +258 82 3031210
Email: sogex@tvcabo.co.mz
Website: www.facimfair.co.mz

Data Inicial: 30 Agosto
Data Final: 5 Setembro

Carvão Benga

A firma australiana Sedgman, Ltd., acaba de rubricar um contrato no valor de 80 milhões de dólares norte-americanos para o manuseamento e instalação de uma unidade de processamento do carvão mineral de Benga, na província de Tete, Centro de Moçambique.
O projecto de Benga está a ser desenvolvido pela companhia Riversdale Moçambique Ltd., que junta acções da firma australiana Riversdale Mining, Ltd. com 65 porcento, e da indiana Tata Steel, Limited, com os restantes 35 porcento de acções.
A mina de Benga, localizada no distrito de Moatize, possui reservas de carvão estimadas em 2733 milhões de toneladas, das quais 1813 milhões são reservas comprovadas e 92 milhões reservas prováveis.
Assim, o total dos recursos de carvão é de quatro biliões de toneladas, dos quais 3199 milhões de toneladas em recursos medidos, 720 milhões em recursos indicados e 2,9 biliões em recursos inferidos.
A Riversdale detém um título de concessão da Mina de Carvão de Benga válido por 25 anos e, ao longo deste período, prevê criar 1500 empregos directos permanentes, além de outros 4500 postos de trabalho de forma indirecta, produzindo um grande impacto na economia local.
A entrada do novo parceiro, segundo o jornal “Noticias”, acontece numa altura em que a capital moçambicana, Maputo, prepara uma conferência internacional sobre o carvão.
Na conferencia, a decorrer em Julho próximo, deverão ser analisadas questões como o potencial que Moçambique tem para se tornar produtor mundial de carvão de classe e a capacidade das infra-estruturas e terminais actualmente disponíveis, entre outras matérias.
O evento vai juntar representantes de governos, operadores da indústria mineira, companhias ligadas à construção, produtores e utilizadores de energia entre outros interessados neste domínio.

Aeroporto Maputo

O novo Terminal Internacional do Aeroporto de Maputo poderá entrar em funcionamento a partir do próximo mês de Setembro.
O empreiteiro da obra, iniciada em Abril de 2009, está a terminar a rectificação de algumas anomalias detectadas durante a inspecção, como o funcionamento dos sistemas eléctricos, entre outras.
A garantia foi dada por Acácio Tuendue, director do Projecto de Modernização Ampliação do Aeroporto, no final da visita concedida aos órgãos de comunicação social sedeados na capital do país, visando dar a conhecer o estágio das obras da infra-estrutura aeroportuária.
Segundo o director, está praticamente concluída a construção do terminal internacional, com um total de 13 balcões para efeitos de 'check in', número que contribuirá para melhoria qualitativa dos serviços oferecidos aos passageiros.
Ali funcionam também os serviços de migração, alfândegas, veterinária e saúde.
A semelhança de outros aeroportos internacionais, o terminal está equipado de tecnologias de ponta, como são os casos de vários painéis electrónicos indicando os horários e destinos dos voos do dia, loiça sanitária que funciona com base em sensores.
O aeroporto tem escadas fixas e rolantes, elevadores dos quais uns apenas para pessoas portadoras de deficiência e as portas de embarque (boarding gate) para grandes aeronaves.
Tuendue disse que com a nova roupagem espera-se uma média de 400 passageiros por hora a embarcar e desembarcar, contra os 150 que iam no velho edifício. Aliás, o terminal foi feito a contar com uma nova realidade em termos de fluxo de passageiros, dada a recente abertura do espaço aéreo.
Contudo, afirmou que serão, por enquanto, as mesmas companhias aéreas a usar a nova infra-estrutura, nomeadamente as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Transportes Aéreos de Portugal (TAP), Kenyan Airways, South African Airways (SAA) e a Airlink.
Além do terminal internacional, estão igualmente concluídas algumas infra-estruturas auxiliares como são os casos da central eléctrica, o sistema de frio, o sistema de tratamento das águas residuais e incineradora (com capacidade para incinerar 500 quilogramas de lixo, por hora).
Dada a necessidade de reduzir os efeitos do estufa, a incineradora tem algumas câmaras que, durante a incineração, vão reduzindo a perigosidade dos fumos expelidos para a atmosfera.
Acácio Tuendue disse, por outro lado, que as obras de construção do terminal doméstico que, em princípio, serão feitas de forma faseada, vão arrancar logo que terminar o internacional e a previsão da duração das obras é de 14 meses.
A componente de segurança não ficou para trás, passando o parque de estacionamento de viaturas a albergar 600 carros, em função da actividade, carros de hotéis, autocarros, táxis e mesmo as viaturas pessoas.
As obras de construção do Aeroporto de Moçambique estavam, previamente, avaliadas em 75 milhões de dólares desembolsados pelo EximBank da China. Porém, houve necessidade de rectificar o montante outrora delineado, estando, desta feita, os aeroportos a negociar mais financiamentos.

Projectos prioritários

O primeiro-ministro de Moçambique, Aires Ali, iniciou quinta-feira uma visita à China para negociar um financiamento de 2 mil milhões de dólares para 26 "projectos prioritários", de acordo com o jornal moçambicano O País.
Na China, Aires Ali vai tentar garantir o financiamento para a construção da barragem Moamba-Major, no sul de Moçambique, no montante de 600 milhões de dólares, a segunda fase de expansão do Aeroporto Internacional de Maputo, de 104,7 milhões de dólares, a conclusão do Estádio Nacional e infra-estruturas adjacentes, avaliada em 50,2 milhões de dólares, e a construção do centro de sessões do Conselho de Ministros, orçado em cerca de 17 milhões de dólares, escreve ainda o jornal.
O governo moçambicano quer também interessar a Sinohydro (empresa pública chinesa vocacionada para grandes obras públicas, como estradas, pontes e barragens) para financiar e, eventualmente, construir Moamba-Major.
A Sinohydro está actualmente envolvida na elaboração do projecto da nova fábrica de cimento a ser erguida em Magude e, por isso, o executivo moçambicano quer que esta empresa chinesa assegure a mobilização de financiamentos para este projecto, bem como a sua execução.
Nos últimos anos, a China tem-se assumido como um parceiro económico de peso para Moçambique, importando matérias-primas, essencialmente madeira, e financiando o sector de infra-estruturas.
Empresas de construção civil chinesas têm estado envolvidas em obras de vulto, como a construção da maior sala de conferências do país - o Centro de Conferências Joaquim Chissano - do edifício-sede da Assembleia da República, do Bairro Militar, para oficiais do exército, do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Estádio Nacional, já em fase de acabamentos.
Na visita à China, acompanham Aires Ali os ministros das Finanças, Manuel Chang, Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula e Recursos Minerais, Esperança Bias.

Petróleo e Gás

Moçambique selecciona 6 consórcios para pesquisa de crude
Seis consórcios e companhias petrolíferas internacionais foram seleccionados no âmbito de um concurso internacional lançado pelo governo moçambicano para a adjudicação de áreas de pesquisa de petróleo e gás.
Foram seleccionados um consórcio dos EUA e Maurícias, um consórcio de Angola e do Reino Unido, um consórcio australiano, uma companhia do Canadá, uma da Noruega e uma da África do Sul, segundo um comunicado de hoje do Ministério dos Recursos Minerais de Moçambique.
"No quadro deste processo competitivo seguir-se-á a avaliação das propostas com base nos critérios apresentados, os quais incluem a competência e capacidade técnica; robustez financeira, bem como saúde, segurança e meio ambiente, bem como os termos económicos oferecidos ao Estado moçambicano", refere o governo.
As companhias seleccionadas vão juntar-se a mais de dez multinacionais já envolvidas em operações de pesquisa de petróleo no centro e norte de Moçambique.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Linha alta tensão Tete - Maputo

Eletrobras desenvolve projeto de linha de transmissão em Moçambique
A Eletrobras vai desenvolver estudos para a implantação de uma linha de transmissão de alta tensão, de 1.400 quilômetros de extensão, ligando a província de Tete a Maputo, capital de Moçambique, país situado na Região Sul do Continente Africano. Um acordo de cooperação foi assinado na sede da estatal, no Rio de Janeiro.
O custo total do projeto Linha Centro-Sul (Cesul) está inicialmente estimado em US$ 2,8 bilhões. O estudo está previsto para ser concluído até o primeiro trimestre de 2011. Ele prevê ainda, segundo a Eletrobras, a implementação de duas linhas de corrente contínua, em 800 quilovoltts (KV), e uma em corrente alternada, em 400 KV, e levará em conta a viabilidade da energia produzida em Moçambique ser exportada para a África do Sul.
O acordo de cooperação também objetiva preparar a infraestrutura de transmissão de energia na Região Central de Moçambique para futuros aproveitamentos hidrelétricos no país, - em especial os do Vale do Rio Zambeze, com potencial energético estimado de 6.770 megawatts (MW).

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cahora Bassa

REN convidada a comprar 7,5% de Cahora Bassa

A Redes Energéticas Nacionais (REN-Portugal) recebeu um convite da accionista Parpública para adquirir uma participação de 7,5 por cento no capital da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, revelou esta segunda-feira a empresa em comunicado enviado à CMVM.

«A REN encontra-se a analisar o enquadramento deste projecto, na perspectiva mais geral dos projectos moçambicanos de desenvolvimento de infraestruturas de transporte de electricidade», sublinhou a energética liderada por Rui Cartaxo no documento disponível na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

De acordo com o comunicado, «na actual fase de análise, é ainda prematuro antecipar cenários de actuação, sendo previsível que a decisão da REN sobre a transacção proposta pela Parpública venha a ser tomada no decurso da segunda metade do corrente ano».

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Porto da Beira

Trabalhos de dragagem de emergência do porto da Beira, em Moçambique, iniciam-se em Julho. Os trabalhos de dragagem de emergência do canal de acesso, cais e bacia de manobras do porto da Beira, na província de Sofala, zona central de Moçambique, iniciam-se em Julho, soube a macauhub em Maputo junto da Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).
As obras vão incluir a construção de um aterro hidraúlico para o futuro terminal de carvão, prevendo-se que a operação seja concluída em Junho de 2011.
De acordo com a fonte, serão investidos nesta operação 43 milhões de euros, 23 milhões dos quais correspondem à participação do governo moçambicano através de um financiamento do Banco Europeu de Investimentos, 10 milhões de euros são fundos próprios da CFM e os restantes 10 milhões são um donativo dos Países Baixos em ajuda ao desenvolvimento.
A operação será levada a cabo pela Van Oord Dredging and Marine Contractors, dos Países Baixos.
Os trabalhos visam fundamentalmente preparar as acções tendentes ao início da operação da construção do novo terminal de carvão do porto da Beira, que substituirá o terminal de carvão existente num dos cais.
Este projecto, segundo a macauhub apurou em Maputo, é fundamental para a reposição do canal de acesso para os níveis originais de modo a permitir a recepção de navios da classe dos Panamax [até 60 mil toneladas brutas de arqueação (TBA)], podendo operar 24 horas por dia em condições de segurança.
Actualmente, devido aos constrangimentos de acesso ao canal, o porto da Beira só pode receber navios até cerca de 30 mil TBA e apenas no período diurno, causando constrangimentos à cadeia logística de operações potuárias.
Moçambique possui três postos estratégicos, Maputo, Beira (Sofala) e Nacala, na província de Nampula, norte de Moçambique.

BNI - Banco Nacional de Investimento, SA

BNI é apresentado esta segunda-feira em Maputo

O ministro e o secretário de Estado das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos e Carlos Costa Pina, estão hoje em Moçambique para assinar com o Governo local a constituição do Banco Nacional de Investimentos, SA (BNI).

A criação do banco surge na sequência da visita do primeiro ministro português, José Sócrates, a Moçambique, em março, na qual considerou que a criação desta entidade bancária, detida pelos governos português e moçambicano, a Caixa Geral de Depósitos e pelo Banco Comercial de Investimentos (BCI) "significa que Portugal vai estar empenhado de uma forma muito diferente" a partir de agora.

O banco, cujo capital previsto era de 500 milhões de dólares, (412 milhões de euros), servirá, entre outros, para apoiar a barragem de Mpanda Nkuwa, uma obra que vai custar 2 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros), disse fonte próxima do processo à Lusa em Moçambique, em março.

Cinac Moçambique / Camargo Corrêa

Camargo Corrêa Cimentos adquire 51% da Cinac, de Moçambique

A Camargo Corrêa Cimentos anunciou na noite de sábado a aquisição de 51 por cento da Cinac Cimentos, fabricante de cimento em Moçambique.

A Cinac, sediada na cidade de Nacala, tem capacidade para produzir 350 mil toneladas de cimento ao ano, conforme documento enviado ao mercado.

"(O acordo) permitirá à companhia acessar o mercado africano, em concordância com a estratégia de priorizar seu crescimento e internacionalização nos mercados da América Latina e África", afirma a Camargo Corrêa, no comunicado.

Os 49 por cento restantes do capital da Cinac será mantido sob controle do Grupo Insitec, conglomerado local que atua principalmente na indústria de construção civil pesada.

Ainda segundo o documento, a conclusão da operação está condicionada à obtenção, por parte da Camargo Corrêa, do estatuto de investidor estrangeiro junto às autoridades de Moçambique, entre outros aspectos.

domingo, 13 de junho de 2010

Ponte sobre o rio incomati

A Governadora da província do Maputo, Maria Jonas, disse, sexta-feira, no distrito de Magude, que a construção da ponte sobre o rio Incomáti constitui preocupação e prioridade a nível do Governo provincial.

Maria Jonas falava durante o balanço da sua visita de trabalho àquele distrito no âmbito da governação aberta e inclusiva que tem vindo a efectuar aos distritos da província do Maputo, com o objectivo de avaliar o grau de cumprimento do Programa Quinquenal do Governo.

A ausência desta infra-estrutura põe em risco a vida de milhares de pessoas que se vêem obrigadas a partilhar a ponte estreita concebida para a circulação de comboio, mas que agora serve também de alternativa para a passagem de pessoas e viaturas.

Por ser uma obra de grande envergadura envolvendo custos elevados, a governante assegurou que estão sendo feitos estudos pelos técnicos das obras públicas visando a sua materialização, que se espera venha impulsionar o desenvolvimento daquele distrito, na circulação de pessoas.